quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Nova legislação da TV paga no Brasil é tema de debate nesta terça-feira, 7 de agosto


07/08/2012 10:57

Nova legislação da TV paga no Brasil é tema de debate nesta terça-feira, 7 de agosto

Evento acontece na unidade do SENAI de Laranjeiras e conta com a presença de Eduardo Lurnel, da ANCINE
A lei 12.485/2011, que determina a nova legislação da TV paga no Brasil, é tema de debate nesta terça-feira, 7 de agosto, na unidade do SENAI de Laranjeiras, no Rio de Janeiro. As inscrições são gratuitas e devem ser feitas através do telefone 0800 0231 231 ou pelo site oficial do debate.

Sob o título de “Formação profissional e mercado de trabalho para audiovisual e animação digital”, o debate conta com a presença dos convidados Eduardo Lurnel Gonçalves Filho, assessor do diretor da ANCINE, Glauber Piva; Leonardo Dourado, conselheiro da Associação Brasileira de Produtoras Independentes de TV (ABPITV) e sócio-diretor da Telenews; Marcos Coqueiro, diretor de TV; e André Gustavo, produtor de elenco e figuração para cinema e publicidade.

O evento acontece às 18h30 e faz parte do projeto “Terça sem dúvidas”, que abrange seminários de orientação profissional esclarecedores sobre a atuação do profissional em sua área. O projeto é uma iniciativa do Sistema FIRJAN (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro), composto pelas organizações CIRJ (Centro Industrial do Rio de Janeiro), SESI (Serviço Social da Indústria), SENAI(Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) e IEL (Instituto Euvaldo Lodique).

Para mais informações, acesse a página oficial do "Terça sem dúvidas" no SENAI.

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Café, Cinema e Racismo



Sexta de calor no alto inverno carioca. Era dia 27 de julho de 2012. Álvaro Maciel Junior, vulgo Alvinho, me chamou para uma conversa. Ele abriu uma produtora audiovisual com mais dois amigos e queria conversar sobre cinema, filmes, séries, etc.

Por volta das 17:00h Alvinho me ligou para dizer que já havia chegado no lugar marcado. Ele estava sentado em um banco na Praça Marechal Floriano, mais conhecida como Cinelândia. Não teria lugar mais apropriado para um papo sobre cinema do que a Cinelândia. Lugar que em outros tempos concentrava grande parte do parque de salas de cinema na cidade maravilhosa.

Convidei-o para sentar na Café Ateliê Odeon BR. Na minha modesta opinião, o Cinema Odeon está para o cinema assim como o Maracanã para o futebol. É a grande casa do cinema. No Cinema Odeon, por pior que seja o filme, a visita já vale o ingresso.

Sentamos na varanda do café por volta das 17:10. Havia poucas pessoas no recinto. Duas mesas ocupadas na parte de dentro e uma além da nossa na varanda. Conversamos sobre diversas questões do audiovisual. Falei da recente regulamentação da lei da TV paga, dos novos recursos do Fundo Setorial do Audiovisual entre outras coisas.

Procurei a primeira vez por um garçom. Olhei a minha volta e nada. A conversa continuou...

Álvaro falou das suas estratégias, comentou sobre seus sócios e de algumas produções que estavam em mente. O tempo passou e novamente procurei por um garçom, queria um café expresso. Já era noite e ninguém havia perguntado se gostaríamos de algo para comer ou beber.

Cerca de 18:15 tive que, infelizmente, terminar o ótimo papo. Ainda havia muito trabalho para terminar na ancine, onde eu trabalho.  Ficamos um pouco mais de 1 h no Café Ateliê Odeon BR e não nos foi oferecido absolutamente nada. Percebi naquele momento que o estabelecimento estava cheio. O interior do Café havia muitos lugares ocupados e a varanda com muitas mesas a mais do que no momento que havíamos chegado.
Levantamo-nos e eu comentei com o Álvaro: “Já que ninguém me serviu um cafezinho, vou tomar na Ancine mesmo”. Já na parte fora do café, na Praça Marechal Floriano, me virei e olhei para o café. Pra minha triste surpresa, todos tinham sido assistidos e só havia a nossa mesa vazia, a mesa onde tinha os únicos negros no Café Ateliê Odeon BR.

Eduardo Lurnel é carioca, negro e assessor da Diretoria Colegiada da Ancine.

*correções em 31/07/12
Atualização em 31/07/12 as 14:04.

Respota do Cafe Ateliê Odeon BR

Oi prezado, pedimos desculpas pelo ocorrido e, posso estar enganada, mas desde que o estação existe, racismo é algo que passa longe do nosso conceito. Pode ter havido sim uma baita falta de atenção (o que, infelizmente acontece) por parte do pessoal de atendimento. 

Pessoal esse que já foi advertido e a responsável pelos cafés pede mais mil desculpas e convida para um café por conta da casa. Basta chegar no cinema e procurar a gerente. (diga, por favor, que é convidado meu (liliam) e da ana cristina (a responsavel pelo café).

Qq outra reclamação ou sugestão, é só falar.
Att
Liliam e Ana Cristina

terça-feira, 17 de abril de 2012

Reencontros de desencontros - 1 ano do reencontro da Tasso da Silveira

Hoje faz um ano do já histórico reencontro de ex alunos da Tasso da Silveira.

A ideia do reencontro nasceu logo após a tragédia na escola. Eu estava chegando de metrô para trabalhar e vi no twitter que houve uma chacina em uma escola em realengo, logo que cheguei na Ancine descubro que foi na escola que passei boa parte da minha vida.

Depois do susto e da surpresa, ainda atônito, sem entender muito o que estava acontecendo falei com a Juliana Souza em fazermos uma abraço na escola. Ela topou na hora e daí começaram os preparativos para o evento. Desde o início a ideia de todos não era falar de vítimas, mortes e afins. Sabíamos que um mar notícias ruins tomariam conta do noticiário e a imagem da escola Tasso da Silveira retratada naquele momento seria completamente diferente daquela que povoava nosso imaginário.

A todo momento frisamos para todos que aquele abraço seria um momento de celebração, de boas lembranças e de reecontrução da imagem lúdica e transformadora que foi a passagem de todos por lá.

Assim foi feito. Nervosismos, e apreensão que ocorre em qualquer evento deram lugar a boas conversas, abraços e beijos. Não dá para não citar todo o histerismo e importância da Viviane Nistaldo. Sem ela nada teria acontecido. De camisas a vinheta, ela produziu tudo.

O abraço que seria na instituição se tornou um abraço nas nossas melhores lembranças. Estavam lá professores e funcionários que participaram da histórias de todos os ex alunos ali. A lendária Dona Ana e a ex diretora Marina Pereira, minha mãe e minha mãe Lilian Damião marcaram presença.

Ex alunos de muitas gerações, dos anos 1970, 1980, 1990 e 2000, que estavam ali apenas para um momento de celebração. Muitos dos reportes que estavam por lá perguntavam sobre a tragédia, mas nos estavam ali para reviver e contruir novos momentos inesquecíveis.

Depois houveram amores, brigas, encontros, desencontros e reencontros. Contudo, tenho certeza de que quem esteve na Tasso da Silveira no dia 16 de abril de 2011 nunca deixará aqueles momentos caírem no esquecimento.

Eduardo Lurnel