Sexta de calor no alto inverno carioca. Era dia 27 de julho
de 2012. Álvaro Maciel Junior, vulgo Alvinho, me chamou para uma conversa. Ele
abriu uma produtora audiovisual com mais dois amigos e queria conversar sobre
cinema, filmes, séries, etc.
Por volta das 17:00h Alvinho me ligou para dizer que já
havia chegado no lugar marcado. Ele estava sentado em um banco na Praça Marechal
Floriano, mais conhecida como Cinelândia. Não teria lugar mais apropriado para
um papo sobre cinema do que a Cinelândia. Lugar que em outros tempos concentrava
grande parte do parque de salas de cinema na cidade maravilhosa.
Convidei-o para sentar na Café Ateliê Odeon BR. Na minha
modesta opinião, o Cinema Odeon está para o cinema assim como o Maracanã para o
futebol. É a grande casa do cinema. No Cinema Odeon, por pior que seja o
filme, a visita já vale o ingresso.
Sentamos na varanda do café por volta das 17:10. Havia
poucas pessoas no recinto. Duas mesas ocupadas na parte de dentro e uma além
da nossa na varanda. Conversamos sobre diversas questões do audiovisual. Falei
da recente regulamentação da lei da TV paga, dos novos recursos do Fundo Setorial
do Audiovisual entre outras coisas.
Procurei a primeira vez por um garçom. Olhei a minha volta e
nada. A conversa continuou...
Álvaro falou das suas estratégias, comentou sobre seus
sócios e de algumas produções que estavam em mente. O tempo passou e novamente
procurei por um garçom, queria um café expresso. Já era noite e ninguém havia perguntado
se gostaríamos de algo para comer ou beber.
Cerca de 18:15 tive que, infelizmente, terminar o ótimo
papo. Ainda havia muito trabalho para terminar na ancine, onde eu trabalho. Ficamos um pouco mais de 1 h no Café Ateliê Odeon
BR e não nos foi oferecido absolutamente nada. Percebi naquele momento que o
estabelecimento estava cheio. O interior do Café havia muitos lugares ocupados
e a varanda com muitas mesas a mais do que no momento que havíamos chegado.
Levantamo-nos e eu comentei com o Álvaro: “Já que ninguém me
serviu um cafezinho, vou tomar na Ancine mesmo”. Já na parte fora do café, na Praça
Marechal Floriano, me virei e olhei para o café. Pra minha triste surpresa,
todos tinham sido assistidos e só havia a nossa mesa vazia, a mesa onde tinha
os únicos negros no Café Ateliê Odeon BR.
Eduardo Lurnel é carioca, negro e assessor da Diretoria
Colegiada da Ancine.
*correções em 31/07/12
Atualização em 31/07/12 as 14:04.
Respota do Cafe Ateliê Odeon BR
Oi prezado, pedimos desculpas pelo ocorrido e, posso estar enganada, mas desde que o estação existe, racismo é algo que passa longe do nosso conceito. Pode ter havido sim uma baita falta de atenção (o que, infelizmente acontece) por parte do pessoal de atendimento.
Pessoal esse que já foi advertido e a responsável pelos cafés pede mais mil desculpas e convida para um café por conta da casa. Basta chegar no cinema e procurar a gerente. (diga, por favor, que é convidado meu (liliam) e da ana cristina (a responsavel pelo café).
Qq outra reclamação ou sugestão, é só falar.
Att
Liliam e Ana Cristina
*correções em 31/07/12
Atualização em 31/07/12 as 14:04.
Respota do Cafe Ateliê Odeon BR
Oi prezado, pedimos desculpas pelo ocorrido e, posso estar enganada, mas desde que o estação existe, racismo é algo que passa longe do nosso conceito. Pode ter havido sim uma baita falta de atenção (o que, infelizmente acontece) por parte do pessoal de atendimento.
Pessoal esse que já foi advertido e a responsável pelos cafés pede mais mil desculpas e convida para um café por conta da casa. Basta chegar no cinema e procurar a gerente. (diga, por favor, que é convidado meu (liliam) e da ana cristina (a responsavel pelo café).
Qq outra reclamação ou sugestão, é só falar.
Att
Liliam e Ana Cristina